PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

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"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sexta-feira, 2 de março de 2012

CONHECENDO OS PROFETAS

O PAPEL DOS PROFETAS
O profeta era a “boca” ou o porta-voz de Yaohu. O
ETERNO disse a Moisés a respeito de Arão: “Ele te será por boca, e tu lhe serás
por Deus” (Êx 4,16) e, posteriormente, resumiu esse papel da seguinte maneira:
“Arão, teu irmão, será teu profeta” (Êx 7,1). Ser um profeta significava falar
com autoridade em nome de Deus – YAOHU!
A função básica dos profetas é expressa claramente em três
relatos do chamamento de profetas por Yaohu que se assemelham em vários
aspectos ao chamamento de Moisés por Yaohu em Êx 3,1-12 (Is 6,1-13; Jr
1,1-10; Ez 1,1 – 3,11). Em todos os casos, Yaohu confronta o profeta
diretamente com uma palavra introdutória e uma comissão: Na sarça ardente (Êx
3,1-10), no templo (Is 6,1-10), num lugar não especificado (Jr 1,4-5) e na
calmaria de uma tempestade (Ez 1,1 – 2,5). Depois de os profetas apresentarem
objeções (Êx 3,11; Is 6,11; Jr 1,6; implicitamente, Ez 2,6.8), o ETERNO os
tranqüiliza, por vezes com um sinal (Êx 3,12; Is 6,11-13; Jr 1,7-10; Ez 2,6 –
3,11). Essas vocações divinas não apenas garantiam aos próprios profetas que o
chamado era proveniente de Yaohu, como também os autorizavam aos olhos de
outros como indivíduos que não falariam com a sua própria autoridade, mas sim
com a autoridade de Yaohu.
Antes da monarquia humana em Israel, os profetas falavam em
NOME de Deus – Yaohu de várias maneiras. Quando a monarquia humana foi
instituída, os profetas se tornaram cada vez mais ligados aos governantes da
terra. Os profetas de Israel serviam de emissários entre Yaohu, o Rei supremo,
e seu rei humano e a nação, Israel. Usando de uma analogia como as práticas
políticas do mundo antigo, o Rei divino de Israel enviava, emissários
proféticos para dar orientação, louvar a fidelidade e condenar as transgressões
das alianças que ele havia estabelecido com o seu povo vassalo.
Essa função de emissário era extremamente importante para o
ministério de todos os profetas do Antigo Testamento que registraram suas
profecias por escrito. Eles ameaçaram maldições e ofereceram bênçãos de
acordo com a aliança firmada entre Yaohu e Israel (veja Lv 26; Dt 28 – 30; cf.
Is 1,2; Jr 2,9; Os 4,1; Mq 1,2; 6,2). Em conformidade com os termos da aliança,
os profetas anunciaram várias maldições secundárias, bem como a maior maldição
de todas, a saber, a destruição total e o exílio da Terra Prometida. Também
proclamaram várias bênçãos secundárias, bem como a maior bênção de todas, a
saber, a restauração depois do exílio. Todos esses elementos proféticos revelam
o papel desses indivíduos como emissários do Rei divino em sua aliança com
Israel.


OS VERDADEIROS PROFETAS E
SUAS PREDIÇÕES

Tendo em
vista os profetas falarem como emissários de Yaohu em sua relação de aliança
com Israel, era essencial que o povo fizesse distinção entre os verdadeiros e
os falsos profetas. O verdadeiro profeta era definido segundo três critérios:
Devia ser um israelita (Dt 18,15); devia ser fiel à aliança mediada por Moisés
(Dt 13,1-5); e suas predições deviam se cumprir (Dt 18,21-22). Na história
de Israel, muitos dos que se proclamavam profetas falharam quanto a esses
critérios, mas todos os profetas que deixaram suas profecias por escrito os
satisfizeram plenamente.
É importante compreender corretamente o terceiro critério
que trata do cumprimento das predições. Por um lado, não há dúvidas que os
decretos eternos de Yaohu incluem “tudo quanto pode ou há de acontecer em todas
as circunstâncias imagináveis” e que esses decretos são imutáveis; Yaohu
realiza infalivelmente tudo o que determinou (Confissão de Fé de Westminster
3,2; Catecismo Maior de Westminster 13). Assim, quando os profetas revelavam
desígnios eternos em suas predições, estas se cumpriam sem falta. No
entanto, seria um grave equívoco imaginar que todas as profecias revelam os
decretos eternos e imutáveis de Yaohu. Na maior parte das vezes, os profetas
falavam de acontecimentos futuros que não haviam sido determinados
imutavelmente por Yaohu (veja o parágrafo a seguir). Sua tarefa
principal era servir de instrumentos da providência divina.
Jr 18,1-11 ensina claramente que nem todas as
predições feitas por profetas verdadeiros se realizavam
necessariamente. Pelo contrário, as palavras dos profetas visavam, com
freqüência, motivar seus ouvintes, e não prognosticar acontecimentos.
Muitas vezes, anunciavam os julgamentos futuros como ameaças, e não condenações
inevitáveis, e falavam de bênçãos futuras como ofertas, e não promessas
garantidas. Na verdade, os profetas revelavam que Yaohu tinha níveis diferentes
de determinação no que se referia às predições proféticas. Em algumas ocasiões,
a natureza condicional da profecia era explicada (p. ex., Jr 22,4-5). Em outras
ocasiões, era implícita (p. ex., Jr 7,5-7; Is 7,9). Por vezes, Yaohu oferecia
palavras ou sinais para confirmar o seu nível elevado de determinação de
cumprir uma profecia (Is 38,7; Jr 44,29). Ocasionalmente, os profetas relatavam
que Yaohu estava tão determinado a cumprir uma profecia que ele havia jurado
faze-lo (Is 45,23; Jr 22,4-5; 49,13). Nessa última categoria, o juramento
divino demonstrava o caráter inevitável do cumprimento de uma predição; elevava
a palavra profética até o nível da imutabilidade, pois Yaohu jamais quebra seus
votos solenes (Nm 23,19). Ainda assim, os detalhes acerca do modo, tempo,
lugar e grau, e contra ou a favor de quem o cumprimento se daria normalmente
não eram especificados, permanecendo ocultos até que a profecia jurada se
cumprisse.
Em decorrência disso, todas as predições proféticas podiam
ser afetadas em maior ou menor grau pelas reações humanas a essas profecias. As
Escrituras estão repletas de exemplos em que o arrependimento, a oração,
e recalcitrância e a indiferença levaram Yaohu a suspender,
adiar, estender, abreviar, apressar, amenizar
ou intensificar o cumprimento das predições proféticas (Êx 32,12; 2Sm
12,14-22; Jo 3,4-9).
Por esse motivo, quando aplicamos corretamente o critério
das predições cumpridas aos verdadeiros profetas, devemos sempre perguntar de
que maneira os profetas pretendiam que suas predições fossem compreendidas.
Que nível de determinação divina as palavras do profeta indicavam? Era intenção
do profeta que suas predições fossem consideradas condicionais ou inevitáveis?
Não devemos nos contentar com uma compreensão mecânica da palavra profética
desassociada de tais intenções proféticas.
Mesmo assim, as profecias bíblicas são tão abrangentes e
específicas que envergonham os profetas pagãos (Is 41,21-29). Todas as épocas e
povos, especialmente do antigo Oriente Próximo, tiveram seus adivinhadores,
videntes ou feiticeiros que afirmavam anunciar o futuro (Dt 18,9-13; 1Rs
18,19.25,40). No entanto, não há nada em toda a literatura do antigo Oriente
Próximo que se compare às profecias reunidas nas Escrituras. Sua especificidade
e cumprimento notável e sua compreensão abrangente e magnífica da História não
têm paralelos em nenhuma outra tradição literária. Em muitas ocasiões,
suas profecias de destruição foram proferidas quando a nação estava no auge do
poder, e suas profecias de vitória foram dadas em situações que pareciam
inteiramente perdidas.



AS FORMAS DE LITERATURA
PROFÉTICA

Os profetas utilizaram basicamente três formas
literárias em seus livros: (1) narrativas – tanto biográficas (Dn
1 – 3) como autobiografias (Is 6; Jr 1); (2) discursos
dirigidos a Yaohu – Lamentos (Jr 9,10; [Lamentações de Jeremias]; Ez 2,3-10); petições
(Jr 42,2; Dn 9,17) e louvor (Is 12,1-6), e (3) discursos
dirigidos a pessoas – como cântico de escárnio (Is 14), ditos de
sabedoria (Is 28,23-29) e contestações (Is 1,18; 43,26), entre outros.
Os oráculos dirigidos a pessoas são predominantes nos livros
proféticos. Esses discursos podem ser classificados de acordo com a tendência a
focalizar mais as maldições ou as bênçãos da aliança. Embora os profetas se
dirigissem ao povo de várias maneiras, alguns padrões básicos de discurso
aparecem com tanta freqüência que é proveitoso identifica-los e descreve-los.
Por um lado, várias formas de discurso tinham como objetivo
maior anunciar desde as maldições secundárias da aliança até a maior
ameaça de todas, ou seja, o exílio.
(1) Demandas. Como emissários do Rei celestial de
Israel, os profetas ouviam e, por vezes, participavam do tribunal do céu. Em
seguida, relatavam o que haviam visto e ouvido em linguagem jurídica formal.
Yaohu entrava em juízo contra o seu povo por este haver transgredido
manifestamente a sua aliança e os sentenciava a maldições severas (Is 3,13; Mq
6,1-2).
(2) Oráculos de julgamento. Os profetas também
transmitiam mensagem de destruição numa linguagem que não refletia de modo tão
direto as formalidades do tribunal celestial. Esses oráculos normalmente se
iniciavam identificando a quem eram dirigidos e, em seguida, apresentavam uma
ou mais acusações e sentenças (Ez 7,7-10; Zc 9,1-8).
(3) Os ais. Quando o julgamento de Yaohu era
particularmente severo, os profetas expressavam ais. Esses discursos
normalmente eram bastante semelhantes aos oráculos de julgamento (identificação
do destinatário, acusações e sentenças) com o acréscimo de um clamor de “ai”.
Advertiam sobre coisas terríveis que aconteceriam quando as maldições
sobreviessem (Is 3,9-11; 5,8-22; Ez 13,3-18; Os 7,13; Na 3,1).
Por outro lado, os profetas também anunciavam bênçãos, desde
vantagens relativamente pequenas e pessoais até à bênção suprema de restauração
do povo à Terra Prometida depois do exílio. Normalmente, essas profecias eram
dadas de dois modos:

(1) Oráculos de salvação. Os profetas consolavam
Israel com oráculos de salvação ou libertação. Esses oráculos assumiam várias
formas diferentes, mas normalmente incluíam algum tipo de anúncio de bênção
seguido de detalhes sobre a maravilha dessa bênção. O foco principal dos
oráculos de salvação era a restauração do povo de Yaohu à Terra Prometida
depois do exílio, tema que ocupa seções extensas dos Profetas Maiores (Is 40 –
55; Jr 30 – 33; Ez 34 – 40). Essas profecias de consolo eram baseadas nas
promessas feitas por Yaohu em sua aliança com os patriarcas (Gn 15,1-21;
17,1-22; 22,15-18), as quais Moisés confirmou posteriormente ao descrever o
período posterior ao exílio vindouro como um tempo em que Yaohu derramaria
misericórdia e bênçãos sem precedentes sobre o seu povo (Dt 30,1-10).
As promessas de restauração se cumpriram parcialmente na
volta do exílio em 539-538 a.C. (Veja 2Cr 36,22-23; Zc 1,8-17), mas o Novo
Testamento revela que o seu cumprimento total se encontra em Cristo. Nesse
sentido, profecias de restauração foram inspiradas pelo Rúkha
– Yaohushua: O Espírito de Cristo para a sua Igreja (1Pe
1,10-12; 2Pe 1,19-20). Algumas se referem diretamente ao ministério de
Cristo aqui na terra, enquanto outras dizem respeito ao ministério e reinado de
Cristo no céu e à obra da Igreja em andamento no presente. Todas as profecias
se cumprirão plenamente nas realidades dos novos céus e nova terra quando
Cristo voltar.

(2) Oráculos contra as nações. Os profetas também
transmitiam mensagens de esperança e salvação para o povo de Yaohu por meio do
pronunciamento de julgamentos contra outras nações que haviam se rebelado
contra o ETERNO. Ainda que num sentido formal essas profecias fossem
julgamentos, serviam também de garantia de salvação para o povo fiel de Yaohu,
pois eram voltadas contra os seus inimigos. Os livros de Naum e Obadias são
inteiramente constituídos de descrições de guerra santa contra os gentios.
Seções extensas dos livros maiores também são dedicadas a oráculos contra as
nações (Is 13 – 24; Jr 46 – 51; Ez 25 – 32).
Os oráculos contra as nações se dividem em dois tipos
principais. Muitas das profecias anunciavam que Yaohu julgaria nações
específicas por meio dos ataques de outras nações (p. ex., Am 1,2 – 2,3; Sf
1,18-21). No entanto, vários profetas proclamaram que um julgamento mundial
final contra as nações ocorreria depois que o povo de Yaohu tivesse voltado do
exílio (Ez 38,17-23; Am 9,12; Ag 2,20-23).


CRISTO NOS PROFETAS.
Os
profetas do Antigo Testamento apontam para Cristo e sua obra de várias
maneiras. Em todos os casos, Cristo cumpriu dimensões dessas expectativas
proféticas em sua primeira vinda, continua a cumpri-las em seu ministério à
Igreja nos dias de hoje e as cumprirá definitivamente na consumação de todas as
coisas em sua segunda vinda (“O Reino de Yaohu” – Mt 4).
Na maioria dos casos, os profetas prenunciaram Cristo de
modo bastante indireto, especialmente ao falarem de julgamentos e bênçãos
secundárias cujo cumprimento se deu, em geral, durante o Antigo Testamento.
Esses atos de justiça e misericórdia divina já haviam ocorrido, mas também
prefiguravam os julgamentos e bênçãos maiores que Cristo traria.
Os profetas predisseram Cristo e sua obra mais diretamente
ao se concentrarem no grande julgamento do exílio e na bênção da restauração do
povo à Terra Prometida depois do exílio (com os respectivos julgamentos contra
as nações por ocasião da restauração). A destruição e exílio de Israel e Judá
foram apenas prelúdios do julgamento eterno que sobrevirá contra o povo da
aliança que se rebelar contra Yaohu. Do mesmo modo, a restauração do povo fiel
de Yaohu à Terra Prometida e as bênçãos que receberam, bem como o julgamento
contra as nações, predito para os dias de restauração, prenunciaram a
recompensa e o julgamento final que Cristo trará.
As predições mais diretas acerca de Cristo podem ser vistas
nas ocasiões em que os profetas falam de atividades reais e sacerdotais
especificas que ocorreriam em conjunto com a restauração depois do exílio
(“Levantarei o tabernáculo caído de Davi” [Am 9,11]; “Te farei como um anel de
selar” [Ag 2,23]) É nesse contexto que as profecias messiânicas de cunho real
aparecem. Ao falarem dos dias do reino de Yaohu depois do exílio, os profetas
se referiram às maneiras em que o Filho de Davi julgaria os inimigos de Yaohu e
traria bênçãos eternas sobre o seu povo. Essas predições se cumpriram, estão se
cumprindo e se cumprirão em o SALVADOR – CHRISTÓS = O UNGIDO!

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