PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sexta-feira, 2 de março de 2012

M'LAKHIM

INTRODUÇÃO AO LIVRO DE:


REIS



INTRODUÇÃO



Visão geral
Autor: Desconhecido.
Propósito: Mostrar a justiça do exílio, assegurar a
permanência da esperança na dinastia de Davi e chamar ao arrependimento para
que Israel pudesse regressar do exílio.
Data: c. 560-550 a.C.
Verdades fundamentais:
Apesar da severidade do exílio de Israel e Judá, a ira de
Yaohu era plenamente justificada tendo em vista a apostasia repetida e grave do
seu povo.
As promessas de Yaohu à família de Davi continuavam em vigor
apesar dos erros de seus filhos.
Yaohu conclamou o seu povo exilado a se arrepender de seus
pecados.
A volta do exílio foi oferecida a Israel mediante o
arrependimento.


Propósito e características
O livro de Reis trata da história e do final da
monarquia em Israel, dos últimos dias de Davi (c. 970 a.C.) até o exílio na
Babilônia, quase quatro séculos depois (c.586 a.C.). Os livros de 1 e 2 Reis
constituem uma unidade dentro de um grupo maior de livros – Josué, Juízes, 1 e
2 Samuel – chamada tradicionalmente de Profetas Anteriores e, mais
recentemente, de História Deuteronomística (ou Deuteronômica). Uma vez que
esses livros apresentam uma seqüência natural, o reconhecimento de uma unidade
essencial é justificado.
Os livros de 1 e 2 Reis constituíam, a princípio, um só
livro. Conquanto nos manuscritos hebraicos mais antigos 1 e 2 Reis sejam uma
única obra literária (como 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Crônicas, na Septuaginta [a
tradução grega do AT], na Vulgata {a tradução latina} e na maioria das outras
versões, a obra é dividida em dois livros). A divisão é artificial, ocasionada
mais pelo números de papiros que cabiam num rolo antigo do que por algum ditame
do conteúdo. Os reinados de Acazias (1Rs 22,51-53; 2Rs 1,1-18) e Josafá (1Rs
22,41-50; 2Rs 3,1-27) se sobrepõem nos dois livros. O ministério profético de
Elias também aparece nos dois volumes (1Rs 17 – 19; 2Rs 1 – 2).



CRISTO
EM 1 e 2 REIS.
O relato histórico de Reis aponta para Cristo de várias
maneiras. Pelo menos duas questões aparecem em primeiro plano. Em primeiro
lugar, a família de Davi é destacada como elemento central de Israel. Todas as
esperanças de vitória e salvação – e até mesmo de regresso do exílio – estavam
baseadas na misericórdia de Yaohu demonstrada para com a casa real de Davi e
por meio dela. O Novo Testamento ensina que Cristo é o grande Filho de Davi,
por meio do qual Yaohu cumpriu todas as promessas que havia feito a Davi e a
seus filhos (Mt 1,1-17; At 2,22-36).
Em segundo lugar, a monarquia e o culto no templo também
ocupam uma posição central no relato. Na verdade, os reis de Israel e Judá são
avaliados quase inteiramente de acordo com sua lealdade ou deslealdade para com
o templo em Jerusalém e com a pureza do culto naquele local. Esse tema também
se cumpriu em Cristo. O Novo Testamento ensina que ele é o sumo sacerdote
eterno do povo de Yaohu (Hb 3,1; 4,14-15, cujo sangue expiou os seus pecados
(Hb 2,17; 9,25-28). Ele reúne seu povo num santuário na terra (1Pe 2,4-5.9), e
ministra no átrio celestial de Yaohu (Hb 6,19-20; 8,1-2; 9,24). A importância da
fidelidade exclusiva ao culto no templo de Salomão corresponde ao chamado de
Cristo para seus seguidores confiarem em sua mediação sacerdotal para receberem
a salvação (Jo 14,6; At 4,12) durante o seu ministério presente no santuário
celestial e, por fim, ao substituir o santuário terreno na nova terra (Ap
21,22).



REIS: Os livros dos Reis cobrem um longo período da
história de Israel. Os acontecimentos mais antigos, os últimos dias de Davi
(1Rs 1,1 – 2,10), remontam a 972 a.C. aproximadamente, ao passo que a
reabilitação do rei Ioiakin (2Rs 25,27-30) data de 561 a.C. Ora, como o indica
a lista dos livros bíblicos, os Livros dos Reis fazem parte dos Profetas
Anteriores. Isto deve alertar o leitor para o fato de que, conquanto esses
livros sejam ricos em dados históricos, não devem ser considerados
primordialmente como livros históricos. Por seu conteúdo podem, de referência,
ser definidos como uma reflexão teológica sobre um período da história de
Israel em que este povo era governado por reis.

Conteúdo dos Livros dos Reis
A. Fim do reinado de Davi e reinado de
Salomão (1Rs 1 – 11).
Davi e a shunamita –
Pretensões de Adonias à realeza – Reação do partido de Salomão e sua sagração
em Guibon: 1Rs 1,1-40.
Fracasso da conspiração de Adonias: 1Rs 1,41-53. Recomendações
de Davi a Salomão: 1Rs 2,1-11. Sorte reservada a Adonias, a seus dois
principais cúmplices e a Shimeí: 1Rs 2,12-46.
Aparição de YHWH a Salomão – Julgamento de Salomão: 1Rs 3.
Os grandes do reino – Administração de Salomão – Sabedoria
de Salomão: 1Rs 4,1-5,14. Aliança com Hirâm, rei de Tiro, e preparativos para a
construção do Templo: 1Rs 5,15-32.
Construção do Templo e dos edifícios reais – Fabricação dos
objetos de metal destinados ao Templo: 1Rs 6 – 7.
Transferência da arca e dedicação do Templo – Nova aparição
de YHWH a Salomão: 1Rs 9,10-28.
Visita da rainha de Shebá – Riquezas de Salomão: 1Rs 10.
Pecado de Salomão – Revolta no exterior – Anúncios do cisma
a Jeroboão pelo profeta Ahiá: 1Rs 11.

B. Do
cisma ao fim do reino de Israel (1Rs 12 – 2Rs 17).
Cisma
político e religioso – Jeroboão, rei de Israel 1Rs 12.
Profecia contra Betel: 1Rs 13.
Abiá anuncia a morte do filho de Jeroboão: 1Rs 14,1-20.
Roboão, Abitâm e Asa, reis de Judá: 1Rs 14, 21-15,24.
Ciclo de Elias – A grande seca: Elias no Darit, depois em
Serepta; ressureição do filho da viúva; o sacrifício do Carmelo; Elias no Horeb
1Rs 17-19.
Duas campanhas de Aram contra Israel; cerco de Samaria e
campanha de Afeq; intervenção de um profeta: 1Rs 20.
Ciclo de Elias (continuação) – A vinha de Nabot: 1Rs 21.
Campanha de Acab e de Josafat contra Aram; intervenção de
Miquéias; morte de Acab: 1Rs 22,1-40. Josafat, rei de Judá: 1Rs 22,41-51.
Acazias, rei de Israel: 1Rs 22,52-54.
Ciclo de Elias (fim) – A morte de Acazias – Ascensão do
profeta; Eliseu, o herdeiro do espírito de Elias: 2Rs 1 – 2.
Jorâm, rei de Israel: 2Rs 3,1-3.
Ciclo de Eliseu – Expedição contra Moab – Alguns milagres: o
milagre do óleo; ressurreição do filho da shunamita; saneamento da sopa
envenenada; multiplicação dos pães; cura do leproso Naaman; o ferro que flutua;
um destacamento arameu afetado de cegueira – Segundo cerco de Samaria pelos
arameus – Os bens da shunamita – Escolha de Hazael como rei de Aram: 2Rs 3,4 –
8,15. Iorâm e Acazias, reis de Judá: 2Rs 8,16-29.
Ciclo de Elizeu (continuação): unção real sobe Iehu; rei de
Israel – A repressão ao baalismo: assassinato de Iorâm, de Acazias e de Izébel;
exterminação da família real de Israel e dos irmãos de Acazías; exterminação de
todos os servos de Baal: 2Rs 9,14 – 10,36.
Reino de Ataliá em Judá – O sacerdote Ioiadá escolhe Joás
para rei de Judá: 2Rs 11
Restauração do Templo – Ameaça dos arameus a Jerusalém: 2Rs
12.
Joacaz e Joás, reis de Israel: 2Rs 13,1-13.
Ciclo de Elizeu (fim): morte do profeta, seguida de dois
milagres: 2Rs 13,14-25.
Amasias, rei de Judá: 2Rs 14,1-22.
Jeroboão II, rei de Israel: 2Rs 14,23-29.
Azarias, rei de Judá: 2Rs 15,1-7.
Zacarias, Shalum, Menahêm, Peqahiá e Péqah. Reis de Israel:
2Rs 15,8-31.
Iotâm e Acaz, reis de Judá – Coalizão siro-efraimita; apela
à Assíria: 2Rs 16.
Oséias, último rei de Israel – Tomada de Samaria e
deportação – Reflexões sobre a causa da ruína do reino de Israel – Deportação
de populações estrangeiras para Samaria; sincretismo religioso: 2Rs 17.

C. Do fim do reino de Israel ao fim do reino de Judá
(2Rs 18-25).
Ezequias, rei de Judá – Invasão assíria e intervenção de
Isaías: 2Rs 18 – 19.
Cura de Ezequias e embaixada babilônica; intervenções de
Isaías: 2Rs 20.
Manassés e Amon, reis de Judá: 2Rs 21.
Josias, rei de Judá – Descoberta do livro da Lei – Reforma
em Judá: 2Rs 22,1-23,30. Joacaz, Joaquim, Ioiakin, reis de Judá – Primeira
deportação: 2Rs 23,31 – 24,17.
Sedecias, último rei de Judá – Ruína de Jerusalém e
deportação: 2Rs 24,18 – 25,21.
Godolias, governador de Judá; seu assassinato; parte da
população foge para o Egito: 2Rs 25,22-26. Ioiakin é agraciado: 2Rs 25,27-30.


Origem dos Livros dos Reis. Os livros dos Reis,
atualmente, nos são apresentados sob a forma de dois livros bem distintos. Na
realidade, porém, os manuscritos da Bíblia hebraica constituem uma única obra.
A divisão em dois livros deve ser atribuída a escritores gregos do século III
a.C. Esta divisão, que paulatinamente acabou por prevalecer, cortou em dois – e
de modo pouco hábil – o reino de Acazias (iniciado em 1Rs 22,52-54 e terminado
em 2Rs 1), bem como o “ciclo de Elias” (iniciado em 1Rs 17 e terminado em 2Rs
1).
Considerados em si mesmo, os Livros dos Reis não constituem
uma unidade fechada, vale dizer, não foram concebidos independentemente de
outros livros bíblicos. Já se emitiu a hipótese de que, primeiramente, fizessem
parte de um conjunto histórico abrangendo os livros de Josué (talvez até mesmo
o Deuteronômio), dos Juízes, de Samuel e dos Reis. Poder-se-ia até identificar
um sinal dessa possibilidade no fato de 1Rs 1,1 – 2,11 ser a continuação
imediata de 2Sm, que relatava o reino de Davi. Tal unidade é pressuposta para
explicar a ulterior separação entre os dois livros (Sm e Rs).
A análise dos Livros dos Reis acima apresentada permite
avaliar a diversidade de conteúdo desses livros, bem como as diferenciações
entre os elementos que os compõem. O próprio autor menciona a utilização de
elementos anteriores e cita algumas fontes às quais recorreu. Tal formação
indica que a obra não nasceu de uma só feita, mas foi executado em diversas
etapas. De fato, 1Rs 11,41; 14,19.29 etc. Falam respectivamente de um livro dos
“Atos de Salomão”, de “Anais dos reis de Israel” e de “Anais dos reis de Judá”,
que serviram de ponto de partida para a redação do texto que atualmente
possuímos.
Mas os trechos que se referem a esses Atos ou a esses
Anais representam tão somente uma parte de nossos livros. O autor, para
sua obra, serviu-se ainda de outras fontes: parece, por exemplo, que teve
conhecimento de arquivo provenientes do Templo (cf. 1Rs 4,1-6.7-19; 5,7-8). Em
que proporções essas outras informações se constituíam em textos já escritos,
ou será que provinham de meras tradições orais? A história da rainha de Shebá
(1Rs 10,1-13) origina-se de uma tradição à parte. Os relatos concernentes ao
rei Acab advêm de duas procedências muito diferentes: de um lado há textos que
o condenam com o maior rigor, do outro, há textos que mostram como um rei
valoroso (1Rs 22,9.35). O que nos foi relatado sobre o rei Josias (2Rs 22,1
23.30) provém talvez em parte de outra fonte que não os Anais oficiais.
Ao lado dos relatos concernentes aos reis, há outras
passagens mais peculiarmente dedicadas aos profetas e que constituem
reminiscências conservadas por seus discípulos. Tais relatos foram anexados aos
que se referem aos reis, de um lado, porque pertencem à mesma época e, de
outro, porque narram as intervenções desses profetas junto aos reis. Assim
compreendida, a obra contêm os três grandes “ciclos” ou seqüências de relatos
sobre os profetas Elias. Eliseu e Isaías, sem falar de trechos mais abreviados
sobre Ahiá, Miquéias, filho de Iimla, ou a respeito de algum profeta que tenha
permanecido no anonimato (1R 13; 2Rs 21,10-15).
Como foi possível reunir em um todo esses diferentes
elementos? Abordar-se aqui um dos problemas mais difíceis da obra. É evidente
que o autor que escreveu 2Rs 25,27-30 não é o mesmo que, falando na condição de
contemporâneo dos acontecimentos relatados, descreveu a arca do Templo em 1Rs 8,7,
ou narrou os fatos de 1Rs 9,21: deveria ter vivido mais de quatrocentos anos! A
quem atribuir, então, a composição de Reis? Aventam-se várias hipóteses; a que
aqui se propõe reúne a aprovação de grande número de exegetas.
Com os livros de Josué (alguns sábios incluiriam até mesmo o
Deuteronômio), dos Juízes e de Samuel, os Livros dos Reis constituiriam uma só
e mesma obra.
Um primeiro redator teria composto os capítulos que abrangem
de 1Rs 12 a 2Rs 20. Para essa elaboração, ter-se-ia baseado, de um lado, em uma
cronologia dos reis de Judá e de Israel, e de outro lado, em textos de que
faziam parte, em todo caso, os Atos de Salomão e os Anais dos Reis de Judá e de
Israel. Provavelmente, utilizou também elementos da tradição oral, sem falar do
que lhe tenha sido possível descrever como testemunha, pois ele parece ter
presenciado a ruína de Jerusalém em 587 a.C. Pensou-se até que esse autor fosse
um sacerdote que teria escrito por volta de 580 a.C. na própria Palestina.
Ainda na própria Palestina, uma geração mais tarde, em 550
a.C., aproximadamente, e antes do regresso dos exilados de Babilônia, um
segundo redator teria retomado o trabalho de seu antecessor, completando-o com
outros relatos e tradições de que dispunha. Assim, as lembranças que encontrara
sobre Davi e a história de sua sucessão (as passagens de 2Sm que têm sua
seqüência em 1Rs 1,1-2.11) e textos sobre o cerco de Jerusalém (2Rs 18 – 19,
paralelos a Is 36 – 39). Em sua obra teria também introduzido o que a tradição
narrava sobre a visita da rainha de Shebá. Em vista da importância que os
profetas e a Lei de Moisés desempenham em sua obra (que abrange de Js a 2Rs),
chegou-se a pensar que esse segundo redator fosse oriundo do âmbito dos
profetas e que, talvez, ele pessoalmente fosse um discípulo do profeta
Jeremias.
Finalmente, por volta do final do século VI a.C., alguns
acréscimos menores teriam sido incorporados ao livro, por escribas provenientes
do âmbito dos levitas.


A cronologia dos Livros dos Reis. A cronologia dos
Livros dos Reis apresenta problemas intrincados. Só foi possível determina-la,
partindo-se de uns raros pontos de referência que estabeleciam um contato
seguro entre a História de Israel e a do Oriente Próximo. Alguns textos
egípcios, os Anais e os documentos provenientes dos reis da Assiro-Babilônia
foram especialmente valiosos para indicar com precisão a data de alguns
acontecimentos.
Excetuando-se esses pontos fixos, os dados fornecidos pelos
Livros dos Reis são muitas vezes difíceis de interpretar. Em primeiro lugar, as
datas dos reinos de Judá são contadas com base nos reinados dos reis de Israel,
e vice-versa, o que acarreta sempre certo número de imprecisões. Além disso,
alguns erros de copistas (interversões ou confusões de números) introduziram
aqui e ali certa desordem cronológica. Mais ainda, se sabemos com precisão que
Salomão (1Rs 1) e Iotâm (2Rs 15,5) foram um e outro co-regentes de seus pais,
podemos admitir que também tenham existido outros casos de co-regência,
provocando assim certas defasagens de difícil avaliação, quando se trata de
fixar uma escola cronológica para os diferentes reinos.
Descobriu-se, enfim, que não existe, para os Livros dos
Reis, apenas uma ordem cronológica, mas diversos sistemas cronológicos, que se
atropelam uns aos outros e cujas origens remontam às próprias fontes desses
livros. Obtêm-se, assim, três resultados diferentes, conforme o critério
adotado: para determinado período, somar-se ou os dados bíblicos concernentes
aos reinos de Judá, ou ao reino de Israel, ou os dados fornecidos pelos
sincronismos. Por exemplo, para o período que estende do cisma até o término do
reino de Acab (933-853), isto é, 80 anos de cronologia tal como a
reconstituímos, o total dos reinos é de 84 anos para Judá, de 78 anos para o
reino do Norte e, para os dados conseguidos pelos sincronismos, de 75 anos.
A cronologia aqui utilizada tenta levar em conta as mais
recentes descobertas arqueológicas.


Teologia dos Livros dos Reis. Estes livros
são, primordialmente, uma reflexão teológica sobre a história do povo e dos
reis. A história como tal são às vezes tratadas de maneira muito sucinta: por
exemplo, o reino de Omri, um dos grandes reis de Israel, é narrado com extrema
superficialidade (1Rs 16,23-26); o cerco de Samaria, que se estendeu por três
anos, e o desmoronamento do reino do Norte são resumidos em poucos versículos
(2Rs 17,3-6; 18,9-12). Como se viu acima, os Livros dos Reis fazem
realmente parte de uma grande obra histórica impregnada pela teologia
deuteronomista (e, mediante esta, pela teologia dos profetas), como podem
revelar seu vocabulário e a multiplicidade de expressões deuteronomistas
(quanto à teologia do Deuteronômio, veja-se a Introdução a esse livro). Apenas
alguns temas particulares importantes dos Livros dos Reis são aqui ressaltados.

A) A realeza.
A obra contém toda uma teologia da realeza, tal como a concebiam o autor
deuteronomista e o profetismo. Um verdadeiro rei é aquele que guarda os
preceitos de YHWH... (O ETERNO) anda em seus caminhos, observa suas leis, seus
mandamentos, suas normas e exigências, conforme está escrito na Lei de Moisés
(1Rs 2,3). A função real consiste em governar o povo com sabedoria e justiça,
inclusive em “servi-lo” (1Rs 12,7), pois esse povo é propriedade de Yaohu (cf.
1Rs 3,8-9). A fidelidade ao ETERNO e a dedicação em celebrar-lhe corretamente o
culto em Jerusalém constituem exigências imperiosas, e para cada reinado é
feito uma rápida avaliação a esse respeito. Ora, raros são os reis que recebem
aprovação! Em sua grande maioria são
julgados severamente. Trinta e quatro vezes ressoa o refrão: Ele fez o mal aos
olhos do ETERNO. E não faltarão exemplos, Múltiplos são, com efeito, as
infidelidades ao ETERNO: cultos idólatras, construção de templos e altares
dedicados a falsos deuses, consulta a deuses estrangeiros, opressões e
violências de toda sorte contra o povo, perseguições aos profetas do ETERNO,
guerras empreendidas sem a aprovação de Yaohu, sacrifícios de crianças.
Uma
das grandes acusações que o autor lança contra os reis (principalmente contra
os do reino do Norte), é a de terem levado Israel a pecar, isto é, de o terem
arrastado às celebrações contrárias à Lei. Conquanto alguns reis se tenham
arrependido e se tenham considerado perdoados, o quadro é tão sombrio que a
ruína dos reinos de Israel e, depois de Judá é vista como a conseqüência justa
e necessária dos pecados cometidos pelos reis e dos que eles induziram seus
súditos a cometer.

B) Davi e sua
dinastia. Acima da série dos reis de Judá paira a figura do fundador da
dinastia, Davi, chamado por vezes o “servo” de Yaohu (p. ex. 1Rs 3,6; 8,24;
11,13). Sua fidelidade ao ETERNO, sua piedade – idealizada – vão servir de
parâmetro para que se avalie o procedimento de seus sucessores. Assim é que
Salomão caminha segundo as prescrições de Davi, seu pai (1Rs 3,3) ou que Asa
fez o que é reto aos olhos do ETERNO, como Davi, seu pai (1Rs 15,11). Ou que
Josias seguiu exatamente o caminho de seu pai Davi (2Rs 22,2). Em 13,2,
dir-se-á explicitamente que é na condição de filho de Davi que esse Josias porá
termos à impiedade de Israel. Mas tal certificado de conformidade a Davi é
conferido muito parcimoniosamente; o profeta Ahiá, ao contrário, especifica que
Jeroboão não foi como Davi (1Rs 14,8).
Para o autor dos Reis, a desobediência dos sucessores de
Davi foi à coisa direta tanto do cisma entre os reinos de Israel e de Judá (1Rs
11,9-11), como da ruína deste último (cf. 2Rs 23,26s). Todavia, apesar da
ameaça contida em 1Rs 2,4: se teus filhos procederem bem... Jamais algum dos
teus descendentes deixará de ocupar o trono de Israel (cf. 2Sm 7,12-16), esse
autor vê perpetuar-se a promessa do ETERNO à dinastia davídica. Yaohu conserva
“uma lâmpada” (um príncipe da dinastia) em Jerusalém “por causa de Davi” e da
promessa que lhe fizera (1Rs 15,11; 2Rs 8,19).
Enfim, os Livros dos Reis terminam com uma mensagem de
esperança: o último descendente da dinastia davídica, apesar de deportado para
a Caldéia, vê sua situação transformar-se. O rei de Babilônia manda-o “trocar
suas vestes de prisioneiro” e concede-lhe a graça de comer todos os dias à mesa
real.

C) Jerusalém e o
Templo. Profundamente imbuídos do pensamento deuteronomista, os Livros dos
Reis atribuem importância considerável a Jerusalém e ao culto celebrado no
Templo. Acima de tudo, Jerusalém é a cidade “escolhida” por Yaohu (1Rs
8,12). Em seguida, é a cidade do Templo, e 1Rs 8,15-19 recorda que esse Templo
tem como origem o desejo de Davi de construir uma Casa “PARA O NOME DO: ETERNO –
YAOHU-UL (cf. 2Sm 7,1-16)”. A importância do santuário é
claramente definida na oração de Salomão (1Rs 8,23-53), por ocasião da
dedicação do Templo: este é na verdade o lugar do “encontro” (cf. a Tenda do
Encontro, Êx 33,7) de Israel com seu Deus Yaohu em todas as circunstâncias da
vida nacional. Também o relato da reforma de Josias (2Rs 22 – 23) é dominado
pelo Templo: no Templo se encontra o rolo da Lei, é em primeiro lugar o Templo
que é purificado, e é o Templo que, doravante, deverá centralizar toda a vida
sacrifical de Israel. Essa reforma marcou a tal ponto o autor bíblico que ele
mencionará como que se desculpando a antiga prática de oferecer sacrifício fora
de Jerusalém (1Rs 3,2; 22,44; 2Rs 12,4; 14,4; 15,4.35), conquanto,
historicamente falando, o fato fosse perfeitamente legítimo (cf. Elias no
Carmelo, 1Rs 18).
Graças à importância central atribuída ao Templo, os
sacerdotes desempenhavam uma função preponderante na celebração do culto.
Segundo a reforma de Josias, somente aos sacerdotes, e especificamente os de
origem levítica, será reservado o direito de oferecer sacrifícios. 1Rs 8,1-6 já
evoca o papel que desempenharam por ocasião da dedicação do Templo de Salomão.
Enfim, aos sacerdotes é atribuído à preservação da dinastia davídica no momento
em que Ataliá tentava extingui-la (2Rs 11). O autor chega a enfatizar que Joás
fez o que é reto aos olhos do ETERNO porque o sacerdote Ioiadá o educara (2Rs
12,3). E já fora um sacerdote que ungira Salomão (1Rs 1,39).
Em face da ordenação rigorosa de um culto centralizado em
Jerusalém e dirigido por sacerdotes levitas, o autor dos Livros dos Reis
manifesta total desaprovação à iniciativa tomada por Jeroboão de organizar o
culto em outros santuários, como em Dan e em Betel. Seria esse o “pecado de
Jeroboão” ou o “caminho de Jeroboão” (expressões que se repetem umas vinte
vezes) e que ele condena radicalmente, como vinte vezes ainda acusará o mesmo
rei de ter “levado Israel a pecar”, e seus sucessores, de o terem imitado. Para
o autor, a desobediência à ordem de não oferecer sacrifícios senão em Jerusalém
é tão grave que bastaria tão somente essa inobservância para acarretar um
julgamento global de condenação para o reinado de um rei, mesmo que este, em
outras situações, houvesse testemunhado sua fidelidade ao ETERNO, derrubando os
altares de Baal (cf. 2Rs 3,1-3). Tais práticas cismáticas serão
deploradas ainda após a ruína de Samaria (2Rs 17,32).
[Imagine o termo: houvesse testemunhado sua fidelidade
ao Senhor, derrubando os altares de Baal, ou seja: O “Senhor” – derrubando os
altares do “Senhor – Baal” RIDÍCULO!]. ANSELMO ESTEVAN. Por isso, mudei o termo
SENHOR = Baal. Para o correto “UL” = ETERNO.

D). O profetismo. Nos Livros dos Reis,
lugar de destaque é reservado aos profetas e às suas intervenções, quer em
atos, quer em palavras. Não apenas Elias e Eliseu deram origem a tradições
muito extensas, mas também outros profetas se vêem revestidos de grande
autoridade: Natan, Shemaiá, Ahiá, Miquéias, Isaías, a profetisa Huldá. Ao lado
dos milagres que lhes são atribuídos (principalmente a Elias e a Eliseu), a
ação política que desenvolveu é considerada essencial. Assim, é Natan
quem induz Davi a escolher Salomão como seu sucessor (1Rs 1,11-17), é
Elias quem recebe a missão de ungir Hazael como rei de Arâm e Iehu como rei de
Israel (1Rs 19,15s.; cf 2Rs 9,1-3; 8,11-13). São os profetas que destroem reis
e dinastias, pronunciando sobre os mesmos oráculos mortais: assim procedeu Ahiá
com Jeroboão (1Rs 14,10-11). Elias com Acab (1Rs 21,21-24). Em outra passagem,
Isaías prediz a vitória do rei da Babilônia (2Rs 20,14-19). Em outras
circunstâncias, porém, são eles que anunciam a vitória dos reis de Israel sobre
seus inimigos (Eliseu: 2Rs 7,1; 13,17-19; Isaías: 2Rs 19), ou que intervêm por
ocasião das operações militares (um profeta anônimo: 1Rs 20,13-14; Miquéias:
1Rs 22,19-28; Eliseu: 2Rs 3,9-19; 6,8
–7,20). No relato da ruptura entre Israel e Judá, aparece um profeta com o
objetivo de impedir uma guerra civil (Shemaiá: 1Rs 12,22-24). Enfim, Elias
intervém junto a Acab para acusa-lo de ter violado – e de que maneira – o
direito ancestral de propriedade (1Rs 21,3-17s.).
Em todas essas situações, os profetas falam em nome do
ETERNO, proclamando seus apelos à obediência e suas promessas de proteção. É
evidente a intenção que os move: fazer respeitar a Lei e o direito em Israel,
como é possível observar ainda no papel que desempenha a profetisa Huldá por
ocasião da descoberta do texto legislativo que irá acarretar a reforma de
Josias (2Rs 22,14-20). Os profetas também atuam tanto no terreno religioso como
no da moral ou da política, pois tudo deve ser submetido ao único “rei” de
Israel (Is 6,5; 44,6; Zc 14,16; cf. Introdução aos Salmos: os cânticos do
“Reino”).




VAMOS AS
PRINCIPAIS PERSONAGENS DE 1 e 2 REIS:

(1Rs).

BATE-SEBA
Pontos fortes e êxitos:
Tornou-se influente no palácio ao lado de seu filho
Salomão.
Era a mãe do mais sábio de Israel e ancestral do Messias - o
Cristo.


Fraquezas e erros:
Cometeu adultério.


Lições de vida:
Embora possamos nos sentir presos em uma cadeia de
eventos, ainda somos responsáveis pelo modo como participamos deles.
Um pecado pode parecer uma semente pequena, mas a colheita
de conseqüências será além da medida.
Nas piores situações possíveis, Yaohu ainda é capaz de
realizar o bem, quando as pessoas verdadeiramente se voltam para Ele.
Embora devamos viver com as conseqüências naturais de nossos
pecados, o perdão de Yaohu é total.


Informações essenciais:
Local: Jerusalém.
Ocupações: Rainha e rainha-mãe.
Familiares: Pai – Eliã; marido – Urias e Davi, filhos –
Siméia, Sobabe, Natã e Salomão (1Cr 3,5).
Contemporâneos: Natã, Joabae e Adonias.



Versículos-chave: “Ouvindo, pois, a mulher de
Urias que Urias, seu marido, era morto, lamentou a seu Senhor -
Davi. E, passando o luto, enviou Davi e a recolheu em sua casa; e lhe foi por
mulher e ela lhe deu um filho. Porém essa coisa que Davi fez pareceu mal aos
olhos do ETERNO” (2 Sm 11,26.27).



Sua história encontra-se em 2 Samuel 11 – 12 e 1 Reis 1 –
2. O Salmo 51 é uma passagem relacionada à vida de Davi e Bate-Seba.



SALOMÃO
Pontos fortes e êxitos:
Terceiro rei de Israel, herdeiro escolhido de Davi.
O homem mais sábio que já viveu em Israel, com exceção do
Messias – o Cristo, o filho de Yaohu.
Autor de Eclesiastes e Cantares, como também de muitos
provérbios e alguns salmos.
Construiu o Templo de Deus – Yaohu em Jerusalém.
Diplomata, comerciante, colecionador e patrono das artes.


Fraquezas e erros:
Selou muitos acordos estrangeiros ao casar-se com
mulheres pagãs.
Permitiu que suas esposas afetassem sua lealdade a Yaohu.
Tributou excessivamente seu povo e o recrutou para o
trabalho e o serviço militar.


Lições de vida:
Uma liderança eficaz pode ser invalidada por uma
vida pessoal ineficaz.
Salomão falhou em obedecer a Yaohu, mas não aprendeu a
lição do arrependimento até o final de sua vida.
Saber quais ações são exigidas de nós significará pouco,
caso não tenhamos vontade de realizá-las.

Informações essenciais:
Local: Jerusalém.
Ocupação: Rei de Israel.
Familiares: Pai – Davi, mãe – Bate-Seba; irmãos – Absalão,
Adonias, etc.; irmã – Tamar; filhos – Roboão, etc.



Versículo-chave: “Porventura, não pecou nosso
Salomão rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele. E
sendo amado de seu Deus Yaohu, e pondo-o Deus – Yaohu, rei sobre todo o Israel?
E, contudo, as mulheres estranhas o fizeram pecar” (Ne 13,26).



A história de Salomão encontra-se em 2 Samuel 12,24 até 1
Reis 11,43. Seu nome também é mencionado em 1 Crônicas 28 e 29; 2 Crônicas 1 –
10; Neemias 13,26; Salmos 72; Mateus 6,29 e 12,42.
JEROBOÃO
Pontos fortes e êxitos:
Um eficiente líder e organizador.
Primeiro rei das dez tribos de Israel no reino dividido.
Um líder carismático com muito apoio popular.


Fraquezas e erros:
Erigiu altares em Israel para manter o povo longe
do Templo em Jerusalém.
Designou sacerdotes que não eram da tribo de Levi.
Dependeu mais de sua própria habilidade do que das
promessas de Yaohu.


Lições de vida:
Grandes oportunidades são freqüentemente
destruídas por pequenas decisões.
Os esforços imprudentes para corrigir os erros de outros
levam freqüentemente aos mesmos erros.
Os erros sempre acontecem quando tentamos assumir o papel de
Deus-Yaohu em qualquer situação.


Informações essenciais:
Local: Reino do Norte.
Ocupação: Encarregado de projeto e rei de Israel.
Familiares: Pai – Nebate; mão – Zerua; filha – Abias e
Nadabe.
Contemporâneos: Salomão, Natã; Aías e Roboão.



Versículos-chave: “Depois dessas coisas,
Jeroboão não deixou o seu mau caminho, antes, dos mais baixos do povo tornou a
fazer sacerdotes dos lugares altos, a quem queria, lhe enchia a mão, e
assim era um dos sacerdotes dos lugares altos. E isso foi causa de pecado à
casa de Jeroboão, para destruí-la e extingui-la da terra” (1Rs 13,33.34).



A história de Jeroboão encontra-se em 1 Reis 11,26 – 14,20.
Ele é também mencionado em 2 Crônicas 10 – 13.

ELIAS
Pontos fortes e êxitos:
Foi o mais famoso e dramático dos profetas de Israel.
Predisse o início e o fim de uma seca de três anos e meio.
Foi usado por Yaohu para ressuscitar uma criança.
Representou Yaohu em uma demonstração contra os sacerdotes
de Baal e Asera.
Apareceu com Moisés e o Messias – Cristo no episódio da
transfiguração no Novo Testamento.


Fraquezas e erros:
Escolheu trabalhar sozinho e pagou por isso com o
isolamento e a solidão.
Fugiu com medo de Jezabel quando esta ameaçou sua vida.


Lições de vida:
Nunca estamos mais próximos da derrota do que nos
momentos de maior vitória.
Nunca estamos tão sós quanto podemos pensar ou nos
sentir, Yaohu está sempre presente em nossa vida.
Yaohu fala mais freqüentemente com sussurros persistentes
do que com gritos.


Informações essenciais:
Local: Gileade.
Ocupação: Profeta.
Contemporâneos: Acabe, Jezabel, Acazias, Obadias, Jeú e
Hazael.



Versículos-chave: “Sucedeu, pois, que oferecendo-se
a oferta de manjares, o profeta Elias se chegou e disse: O ETERNO, Deus-Yaohu
de Abraão, de Isaque e de Israel, manifeste-se hoje que tu és Deus em Israel, e
que eu sou teu servo, e que conforme a tua palavra fiz todas estas coisas.
Reponde-me, ETERNO, responde-me, para que este povo conheça que tu, ETERNO, és
Deus – Yaohu e que tu fizeste tornar o seu coração para trás. Então, caiu fogo
do ETERNO, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e o pó, e ainda
lambeu a água que estava no rego” (1Rs 18,36-38).


A história de Elias encontra-se em 1Reis 17,1 até 2 Reis
2,11. Ele também é mencionado em 2 Crônicas 21,12-15; Malaquias 4,5.6; Mateus
11,14; 16,14; 17,3-13; 27,47-49; Lucas 1,17; 4,25.26; João 1,19-25; Romanos
11,2-4; Tiago 5,17.18.



ACABE
Pontos fortes e êxitos:
Oitavo rei de Israel.
Um líder e estrategista militar de grande capacidade.


Fraquezas e erros:
Foi o rei mais ímpio de Israel.
Casou-se com Jezabel, mulher pagã, e permitiu que esta
promovesse a adoração a BAAL.
Remoeu-se por não ter conseguido um pedaço de terra.
Então sua esposa mandou matar o proprietário da vinha, Nabote.
Estava acostumada a fazer a própria vontade e ficava
deprimido quando isso não acontecia.


Lições de vida:
A escolha de um cônjuge terá um efeito
significativo na vida – física, espiritual e emocionalmente.
O egoísmo, se não for reprimido, pode levar a um grande
mal.


Informações essenciais:
Local: Reino do Norte de Israel.
Ocupação: Rei.
Familiares; Esposa – Jezabel; pai – Onri; filhos – Acazias,
Jorão, etc.
Contemporâneos: Elias, Nabote, Jeú, Bem-Hadade e Josafá.



Versículos-chave: “E fez Acabe, filho de
Onri, o que era mal aos olhos do ETERNO, mais do que todos os que foram antes
dele. E sucedeu que (como se fora coisa leve andar nos pecados de Jeroboão,
filho de Nebate), ainda tomou por mulher a Jezabel, filha de Etbaal, rei dos
sidônios; e foi, e serviu a Baal, e se encurvou diante dele. E levantou um
altar a Baal, na casa de Baal que edificara em Samaria. Também Acabe fez um bosque,
de maneira que Acabe fez muito mais para irritar ao ETERNO, Deus de Israel, do
que todos os reis de Israel que foram antes dele” (1Rs 16,30-33).



A história de Acabe encontra-se em 1 Reis 16,28 – 22,40. Ele
também é mencionado em 2 Crônicas 18 – 22 e Miquèias 6,16.



JEZABEL
Fraquezas e erros:
Eliminou sistematicamente os representantes de Deus
Yaohu em Israel.
Promoveu e patrocinou a adoração a Baal.
Ameaçou matar Elias.
Acreditava que reis e rainhas podiam legalmente fazer ou ter
qualquer coisa que desejassem.
Usou suas fortes convicções para fazer a sua própria
vontade.


Lições de vida:
Não é suficiente estar comprometido ou ser sincero. A
questão sobre onde reside o nosso comprometimento faz uma grande diferença.
Rejeitar a Yaohu sempre conduz ao desastre.


Informações essenciais:
Locais: Sidon e Samaria.
Ocupação: Rainha de Israel.
Familiares: Marido – Acabe; pai – Etbaal; filhos – Jorão,
Acazias, etc.
Contemporâneos: Elias e Jeú.



Versículo-chave: “Porém ninguém fora como Acabe,
que se vendera para fazer o que era mau aos olhos do ETERNO, porque Jezabel,
sua mulher, o incitava” (1Rs 21,25).

A história de Jezabel encontra-se em 1 Reis 16,31 a 2 Reis
9,37. Seu nome é usado como um sinônimo para a grande iniqüidade em Apocalipse
2,20.



(2Rs).

ELISEU
Pontos fortes e êxitos:
Foi sucessor de Elias como profeta de Deus Yaohu.
Teve um ministério que durou mais de 50 anos.
Teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá,
Moabe e Síria.
Foi um homem integro que não tentou enriquecer-se à custa
dos outros.
Fez muitos milagres para ajudar aqueles que estavam sofrendo
necessidades.


Lições de vida:
Aos olhos de Deus Yaohu, uma medida de grandeza é a
disposição para servir aos pobres como também aos poderosos.
Um substituto eficaz não só aprende com o seu mestre; também
constrói sobre as realizações de seu mestre.


Informações essenciais:
Local: Reino do Norte.
Ocupações: Lavrador e profeta.
Familiares: Pai – Safate.
Contemporâneos: Elias, Acabe, Jezabel e Jeú.



Versículo-chave: “Sucedeu, pois, que, havendo
eles passado, Elias disse a Eliseu: Pedi-me o que queres que te faça, antes que
seja tomado de ti. E disse Eliseu: Peço-te que haja porção dobrada de teu
espírito sobre mim” (2Rs 2,9).



A história de Eliseu encontra-se em 1 Reis 19,16 – 2 Reis
13,20. Ele também é mencionado em Lucas 4,27.

JEÚ
Pontos fortes e êxitos:
Tomou o trono da família de Acabe e destruiu sua má
influência.
Fundou a mais longa dinastia do Reino do Norte.
Foi ungido por Elias e confirmado por Eliseu.
Destruiu a adoração a Baal.


Fraquezas e erros:
Teve uma perspectiva negligente em relação à vida, e
isto o tornou ousado e propenso ao erro.
Adorou os bezerros de ouro de Jeroboão.
Foi dedicado a Yaohu somente até o ponto em que a obediência
serviu para seus próprios interesses.


Lições de vida:
O forte comprometimento precisa de controle porque
pode resultar em imprudência.
A obediência envolve tanto a ação quanto a direção.


Informações essenciais:
Local: O Reino do Norte de Israel.
Ocupações: Chefe do exército de Jorão, rei de Israel.
Familiares: Avô – Ninsi; pai – Josafá; filho – Jeoacaz.
Contemporâneos: Elias, Eliseu, Acabe, Jezabel, Jorão e
Acazias.



Versículo-chave: “Mas Jeú não teve cuidado de
andar com todo o seu coração na lei do ETERNO, Deus de Israel, nem se apartou
dos pecados de Jeroboão, que fez pecar a Israel” (2Rs 10,31).



A história de Jeú encontra-se em 1 Reis 19,16 – 2 Reis
10,36. Ele também é mencionado em 2 Reis 15,12; 2 Crônicas 22,7-9; Oséias
1,4.5.


EZEQUIAS
Pontos fortes e êxitos:
Foi o rei de Judá que instigou reformas civis e
religiosas.
Teve um relacionamento pessoal crescente com Yaohu.
Desenvolveu uma poderosa vida de oração.
Mencionado como o patrono de vários capítulos do livro de
Provérbios (Pv 25,1).


Fraquezas e erros:
Mostrou pouco interesse ou sabedoria em relação a
planejar para o futuro e a proteger a herança espiritual que desfrutou em
beneficio das futuras gerações.
Imprudentemente mostrou toda a sua riqueza aos
mensageiros da Babilônia.


Lições de vida:
As reformas de limpeza têm vida curta quando poucas
atitudes são tomadas para preserva-las para o futuro.
A obediência a Yaohu no passado não remove a
possibilidade de desobediência no presente.
A completa dependência de Yaohu produz resultados
surpreendentes.


Informações essenciais:
Local: Jerusalém.
Ocupação: Foi o 13º rei de Judá, o Reino do Sul.
Familiares: Pai – Acaz; mãe – Abia; filho – Manassés.
Contemporâneos: Isaías, Oséias, Miquéias e Senaqueribe.



Versículos-chave: “No ETERNO, Deus de Israel,
confiou, de maneira que, depois dele, não houve seu semelhante entre todos os
reis de Judá, nem entre os que foram antes dele. Porque se chegou ao ETERNO,
não se apartou de após ele e guardou os mandamentos que o ETERNO tinha dado a
Moisés” (2Rs 18,5.6).



A história de Ezequias encontra-se em 2 Reis 16,20 – 20,21;
2 Crônicas 28,27 – 32,33; Isaías 36,1 – 39,8. Ele também é mencionado em
Provérbios 25,1; Isaías 1,1; Jeremias 15,4; 26,18.19; Oséias 1,1; Miquéias 1,1.



JOSIAS
Pontos fortes e êxitos:
Foi rei de Judá.
Buscou a Yaohu e se mostrou verdadeiramente aberto a Ele.
Foi um reformador como seu bisavô Ezequias.
Limpou totalmente o templo e reavivou a obediência à lei
de Yaohu.


Fraquezas e erros:
Envolveu-se em um conflito militar contra o qual
fora advertido.


Lições de vida:
Yaohu responde constantemente àqueles que têm
corações arrependidos e humildes.
Até mesmo as reformas de limpeza exterior têm pouco valor
duradouro se não houver mudança na vida das pessoas.


Informações essenciais:
Local: Jerusalém.
Ocupação: Foi o 16º rei de Judá, o Reino do Sul.
Familiares: Pai – Amom; mãe – Jedida; filho – Jeoacaz,
Contemporâneos: Jeremias, Hulda, Hilquias e Sofonias.



Versículo-chave: “E antes dele não houve
rei semelhante, que se convertesse ao ETERNO com todo o seu coração, e com toda
a sua alma, e com todas as suas forças, conforme toda a Lei de Moisés; e,
depois dele, nunca se levantou outro tal” (2Rs 23,25).

A história de Josias
encontra-se em 2 Reis 21,24 – 23,30; 2 Crônicas 33,25 – 35,27. Ele também é
mencionado em Jeremias 1,1-3; 22,11.18.

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