PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:

PAI E FILHO COMPARTILHAM O MESMO NOME:
"NÃO HÁ SALVAÇÃO EM NINGUÉM MAIS!".

sexta-feira, 2 de março de 2012

NACHUM

INTRODUÇÃO
AO LIVRO DE:


NAUM



INTRODUÇÃO



Visão
geral
Autor: O profeta Naum.
Propósito:
Confortar Judá ao anunciar julgamentos futuros contra Ninive.
Data:
663-612 a.C.
Verdades
fundamentais:
A
glória de Yaohu em julgamento é digna de louvor.
Yaohu
julgaria Ninive, assim como às outras nações, por maltratar o seu povo.
Yaohu
manteria o seu povo fiel a salvo e o restauraria da destruição e do exílio.


Propósito e características
O livro de Naum tem um título duplo. Ele é
chamado de “sentença contra Ninive” e “Livro da visão de Naum” (1,1). Uma
sentença geralmente indica uma mensagem divina de julgamento contra uma nação
estrangeira (Is 13,1). Visão se refere à experiência profética única de receber
a mensagem do ETERNO. Às vezes, o profeta era instruído a escrever uma sentença
específica (Is 8,1-4; 30,8) ou “todas as palavras” (Jr 36,2) que o ETERNO
exigia que ele proclamasse (Jr 36,1-32). A forma escrita fornecia então um
forte testemunho adicional para a certeza do cumprimento desses pronunciamentos
divinos. O título duplo da profecia constitui, portanto, uma forte afirmação da
autenticidade dessa sentença de destruição contra Ninive e da certeza do
julgamento iminente de Yaohu sobre o reino assírio.



CHRISTÓS, “O UNGIDO”
–, EM NAUM.
(Yaohushua):
O
livro de Naum não contém profecias messiânicas diretas, mas ainda assim as
expectativas de julgamento contra Ninive e da salvação do fiel povo de Yaohu
são cumpridas finalmente em O UNGIDO. Yaohushua e seus apóstolos declaram
salvação para o povo de Yaohu e julgamento contra os inimigos dele. Na verdade
O UNGIDO começou o seu julgamento e a dar salvação na sua primeira vinda (Jo
5,22-30). Hoje, a guerra espiritual na qual a Igreja está constantemente
envolvida (Mt 16,18; Ef 6,10-17) dá continuidade a esse processo. Além disso,
quando O UNGIDO retornar em glória, ele destruirá todos os poderes contrários e
entregará o reino para o seu Pai “para que Yaohu seja tudo em todos” (1Co
15,24-28). [Por isso, é de máxima importância saber o seu Nome Pessoal e
não erros de cópias de cópias erradas com substitutos de nomes...!]. Anselmo
Estevan.



NAUM: Naum, o “consolador”. O sétimo dos profetas menores, Naum ou “o
consolador”, o “reconfortado” (Nahum) é que pode consolar, reconfortar (2Co
1,4), o consolador, não tem nenhum homônimo na Bíblia, apenas um sinônimo: Menahêm (2Rs 15; At 13,1; cf. 4,36); ver também
Neemias (Ne 1,1 nota).
Oferece
aos seus o conforto que num período muito sombrio lhes permite resistir, graças
à esperança (cf. Rm 15,4-5).
Esta
esperança, que o anima e que ele afirma com grande e vigorosa fé, apóia-se na
infalível vitória do ETERNO, mesmo quando os inimigos parecem prosperar (1,12;
3,15-17), ao mesmo tempo terríveis como leões (2,12-14) e hábeis na
sedução (3,4).


O livro de Naum. Seu livro (1,1) desenvolverá sucessivamente
esse tema fundamental em três modalidades diferentes:
1. No início, um salmo (1,2-8). Mais ou menos à maneira da introdução a
outros livros proféticos (cf. Am 1,2; Mq 1,2-4; Sf 1,2-3), de modo mais
insistente porém, ele nos põe em face daquilo que domina tudo o mais. E, se o
ETERNO se mostra sobretudo sob o aspecto aterrador de juiz soberano do mundo
inteiro, não se negligencia o outro aspecto de seu rosto (cf. vv. 3 e 7),
aspecto que, adiante, se manifestará numa luz muito mais viva (cf. 1,3 nota).
Este primeiro trecho situa-se, em seu conjunto, num plano bem geral e
atemporal; as alusões à história da salvação são discretas (cf. vv. 3-4). Mas
para o fim, contudo, parece que se vislumbra o contexto histórico particular do
livro (v. 8).
2. Na segunda parte (1,9 – 2,3) este contexto se delineia. Todavia a
interpretação de alguns elementos dos oráculos contidos nesta segunda parte
continua delicada (cf. 1,9 notas; 1,12 nota).
OBS:
(Aparecem somente um Naum na genealogia de Yaohushua [segundo Lc 3,25],
junto com outros nomes de profetas {cf. Lc 3,23}, e um Nehum em Ne 7,7.).

Com
Jonas, a consolação pelo apelo à conversão será levada a Ninive, que, para Naum, permanece inconsolável (3,7).

3. Por fim, tem-se a celebração da queda de Ninive (2,4 – 3,19); poder-se-ia
mesmo dizer, com mais exatidão, a invocação pela queda de Ninive; ou ainda a
evocação, dando a este termo o sentimento forte de apelo eficaz pelo
desaparecimento desta Ninive no auge de seu poder. Sucedem-se então quadros
particularmente sugestivos, possuindo cada qual sua unidade e realçando
diferentes aspectos da cidade e de seu desaparecimento. A cidade adquire valor
de símbolo (cf 1,8 nota), assim como seu castigo e o de seu rei constituem uma
lição de alcance universal: De ti, vou fazer um exemplo (3,6). Se o
ETERNO interveio de modo tão extraordinário, isto se deu, em última análise,
para a libertação dos oprimidos (3,19), a salvação dos seus (1,7; 2,1.3). Vamos
contentar-nos com estas poucas indicações sobre o livro em seu conjunto e a
articulação das três partes, sem entrar na discussão detalhada dos argumentos
apresentados para contestar sua unidade.


Naum e a queda de Ninive. Uma tese engenhosa esforçou-se por apresentar
Naum como o formulário de uma liturgia. Esta celebraria, no outono de 612 em
Jerusalém, por ocasião do Ano Novo e ensejado pela recente queda de Ninive, um
aspecto particularmente importante do triunfo do ETERNO sobre seus inimigos.
Embora reconhecendo certa orientação cultual dada ao livro pelo salmo inicial,
que facilita, após a realização da profecia, uma releitura na ação de graças,
os comentadores atualmente preferem outra interpretação. Aceitam, geralmente,
situar a proclamação dos oráculos (que seriam autênticos oráculos proféticos),
e até mesmo a composição do livro, antes da queda de Ninive (612) e depois do
saque de Tebas (663), a que faz alusão o cap. 3 (vv. 8-10). À procura de
indícios mais precisos, nota-se com razão que, segundo 1,13, Judá ainda está
sob o guante assírio; isto nos reportaria ao período antes da morte de
Assurbanipal (cf. 1,13 nota); mas, por outro lado, impressionados pela
vivacidade, o cunho de atualidade de alguns traços dos quadros dos cap. 2 e 3,
podemos perguntar se estes não evocam como fatos recentes a invasão da Assíria
(3,12-13) e talvez mesmo o início do sítio de Ninive (2,2.4-5; 3,2-3.14),
justamente pelos babilônios e medos, cujos exércitos exibiriam a cor
vermelha (2,4). Todavia, quem assim pensa não estaria deduzindo, de
descrições fantasiosas, minúcias que o texto não tenciona fornecer? De resto,
alusões mais seguras da segunda parte do livro parecem contradize-las.
Não
correríamos o risco de nos enganar quanto às intenções do profeta e à natureza
daquilo que ele evoca com tanta imaginação? Sua preocupação, sua missão não é
tirar as conseqüências imediatas da análise superficial de determinada situação
política. Quer, antes do mais, exprimir a visão da fé em face dos compatriotas
desamparados e contribuir para inserir esta visão na história, ao pronunciar a
palavra eficaz de Yaohu que lhe é comunicada. Por esta razão, um comentário de
Naum editado em 1971 prefere situar a proclamação dos oráculos e a composição do
livro nos meses que se seguiram imediatamente ao grande acontecimento de 663
(cf, 3,8 nota), e não nas proximidades de 612; tudo a partir de um conjunto de
dados indicados nas notas à presente tradução. Vários indícios explorados por
outras posições críticas também estão aí assinaladas.
Pode-se
acrescentar, a título inteiramente secundário, que, segundo a tradição de
interpretação delicada veiculada por Tb 14,4 – Livro apócrifo – (cf.
também os vv. 12-15). Naum era considerado um profeta que teria predito o
futuro a longo prazo; e que, de acordo com Séder Olâm, crônica rabínica
contemporânea da Mishná, ele e Joel teriam exercido seu ministério sob
Manassés.

OBS:
(Cf. Ez 23,14 para os babilônios, e Heródoto para os medos. A cor dos assírios, ao invés, teria sido “a púrpura violeta”
(Ez 23,5-6, cf 27,7): então a alusão aos rostos rubros (2,11) poderia ser uma
ironia!).

(A
queda da Babilônia foi também predita por Jeremias um meio século antes; ver Jr
51,59 nota e cf. Jr 50,1 nota).

(Também
quanto a Joel, isto não parece tão inverossímil, cf. a Introdução a Joel).

(Cf.
Jl 2,4-9 e Na 2,4-5.11; 3,2-3).


O profeta Naum. Sem deixar de notar características particulares da poesia hebraica ou da
poesia em geral na linguagem de Naum, tem-se elogiado sobretudo o valor
literário do livro em seu conjunto, quer se trate de hino inicial (cf. 1,2
nota) ou da vivacidade das interpelações e descrições da segunda e da terceira
partes. O título do livro: visão (1,1) é muito característico; Naum vê e faz
ver.
Contudo,
o que mais impressiona na acuidade de sua visão é a paixão que o anima, o ardor
de sua fé: apesar das aparências, afirma, com a força da inabalável convicção
vinda do alto, que a vitória será do ETERNO, que ela já lhe pertence.
Por
isto, para além das antíteses superficiais que alguns quiseram descobrir entre
Naum e os grandes profetas, como Jeremias, tem-se de reconhecer nele a
manifestação de um dinamismo haurido de excepcional comunhão com o Yaohu vivo, com o ETERNO, dono da história e de todo homem.
Se,
por exemplo, considerando o paralelismo de 1,13 com Jr 28,11, formos tentados a
classificar Naum entre os profetas do tipo de Hananiá, contra o qual se insurge
Jeremias, bastará virar duas ou três páginas do livro deste profeta para
descobrir Jr 30,8: Percebemos então que também Jeremias predisse a libertação
após o castigo, em termos análogos como fizera Isaías (por ex., em
10,5-9.24-27). Não nos deve surpreender o fato de não encontrarmos, nos
quarenta e sete versículos de Naum, todos os aspectos da pregação profética
encontrados na suma que é o livro de Jeremias. Sabemos que o ciúme do ETERNO
mostra sucessivamente faces diferentes (1,2 nota); não é, pois, de admirar que
as vozes de seus arautos exibam tonalidades tão variadas! Solidários no seio da
mesma tradição, sabem inspirar-se discretamente um no outro, prolongar-se ou
completar-se Jonas, por exemplo, amplia os horizontes de Naum. Joel que
utiliza, assim parece, algumas vezes elementos da descrição da queda de Ninive,
deles se serve na linha de Naum, para anunciar um acontecimento de alcance
ainda mais universal, o dia do ETERNO. Sabe-se também com que amplidão Joel
explorará a imagem dos gafanhotos e locustas de Naum (3,15-17) para descrever a
provação por excelência (Introdução a Joel). E poder-se-iam multiplicar tais
concordâncias com muitos outros profetas.
As
notas à tradução aqui propostas assinalam as divergências entre as principais
testemunhas do texto; entre outras, de fragmentos de comentário encontrado em
Qumran. Este Comentário, datado de uns cem anos antes de nossa era, atesta, a
seu modo, que vários fiéis souberam encontrar em Naum uma palavra de Yaohu
capaz de esclarecer qualquer momento da história.

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