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sábado, 3 de março de 2012

OS PERÍODOS E A HISTÓRIA......:

O PERÍODO ENTRE OS

TESTAMENTOS



O período entre os Testamentos foi turbulento e
repleto de mudanças, um tempo de realinhamento de grandes potências e o fim de
uma tradição cultural do antigo Oriente Próximo que havia predominado por quase
três mil anos.
Na história bíblica, os cerca de quatrocentos anos entre
a época de Neemias e o nascimento de O UNGIDO são conhecidos como
período intertestamentário (c. 433-5 a.C.). Por vezes, é dito que foram anos
“silenciosos”, uma caracterização que não corresponde em nada à realidade. Os
acontecimentos históricos, a literatura e as forças sociais desse período
dariam forma ao mundo do Novo Testamento.



História

Com o exílio na Babilônia, Israel deixou de ser uma
nação independente e se tornou apenas um pequeno território numa sucessão de
grandes impérios. As informações acerca dos últimos anos de domínio persa são
extremamente escassas, uma vez que o historiador Josefo (c. 37-100 d.C.), nossa
principal fonte do período intertestamental, praticamente os ignora.
A conquista da Terra Santa por Alexandre o Grande (332
a.C.) representou uma ameaça inédita e ainda mais insidiosa para Israel.
Alexandre estava determinado a criar um mundo unido pela língua e cultura
grega, uma política seguida pelos seus sucessores. Essa política, chamada de
helenização, exerceu um impacto dramático sobre os judeus.
Quando Alexandre faleceu (323 a.C.), o império que ele
havia conquistado foi dividido entre os seus generais. Dois deles fundaram dinastias
– a ptolomaica no Egito e a selêucida na Síria e na Mesopotâmia – que, por mais
de um século, disputariam o controle da Terra Santa.
O governo ptolomaico demonstrou consideração pelas
práticas religiosas dos judeus, mas em 198 a.C., os selêucidas assumiram o
controle e prepararam o cenário para um dos períodos mais heróicos da história
judaica.
Os primeiros anos de domínio selêucida foram, em sua
maior parte, uma continuação do regime tolerante dos ptolomaicos, mas Antíoco
IV Epifânio (cujo nome significa “Deus manifestado” e que governa de 175 a.C. a
164 a.C.) mudou essa política quando tentou consolidar o seu império decadente
por meio da helenização radical. Alguns segmentos da aristocracia judaica já
haviam adotado os costumes gregos, mas a maioria dos judeus sentiu-se
ultrajada.
As atrocidades de Antíoco tinham por objetivo erradicar a
religião judaica. Ele proibiu alguns elementos fundamentais das práticas
judaicas, procurou destruir todas as cópias da Torá (o Pentateuco),
exigiu que se fizessem ofertas ao deus grego Zeus e sacrificou um porco dentro
do próprio templo de Jerusalém.
A oposição a Antíoco foi liderada por Matatias, um
camponês idoso de família sacerdotal, e seus cinco filhos: Judas (Macabeu – que
provavelmente significa “martelador”), Jônatas, Simão, João e Eleazar, Matatias
destruiu um altar grego erigido em Modeim, o vilarejo onde vivia, e matou um
emissário de Antíoco, desencadeando a revolta dos Macabeus, uma guerra que
durou vinte e quatro anos (166-142 a.C.) e resultou na independência de Judá
até que os romanos assumiram o controle em 63 a.C.
No entanto, essa vitória da família de Matatias foi
ilusória, pois, com a morte de Simão, o último dos cinco irmãos, a dinastia dos
Hasmoneus logo se transformou num regime helenista, por vezes mais severo do
que o dos Selêucidas. Durante o reinado de João Hircano, filho de Simão, os
judeus ortodoxos que haviam apoiado os Macabeus perderam popularidade. Salvo
raras exceções, os Hasmoneus apoiaram os judeus helenizantes e os fariseus chegaram
a ser perseguidos por Alexandre Janeu (103-76 a.C.).
A dinastia hasmoneia chegou ao fim quando, em 63 a.C., o
Império Romano em expansão interveio numa disputa dinástica entre os dois
filhos de Janeu, Aristóbulo II e Hircano II. Pompeu, o general que
conquistou o Oriente para Roma, tomou Jerusalém depois de sitiar a área do
templo durante três meses, massacrando sacerdotes oficiantes e profanando o
Lugar Santíssimo. Esse sacrilégio iniciou a dominação romana de um modo
que os judeus jamais seriam capazes de perdoar ou esquecer.

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